Os passos lentos de um querer esperto,
Trazem consigo, em timbre mudo, os gritos do desejo.
Não vingariam os calos que de pronto tomam a alma,
Embebidos no pesar da certeza...ou na incerteza de se ter,
quando dissimulam a redundância que lhes saltam os olhos.
Um simples toque, e o que prende não mais ornato és.
De assalto as expressões escorrem pela face, levando ao vento a hesitação.
Em meio a miscelânea ávida do querer, revela-se enfim o sorriso
Poucos segundos, muitos segredos! Raro conforto que até o que disfarça faz cair.
Revela-se cru! Olhe..., sou eu! Veja-me, apresento-me franciscana a ti.
No sabor da tua pele sinto a força da tríplice verde que te vigia
As barreiras como pedras enfileiradas dobravam-se aos encantos daquele olhar.
A maresia que abrupta rompe o silêncio busca o eu.
O eu lânguido, nada a fazer do que existir e admitir....: perdi!
Nas veias de Cromos, flui a posse do murmúrio findo de quem a princípio nascia.
Dar-se a ordem: onírico coração, a que tão alto voa, volta e aceita a minha lei.
Eis as marcas das palavras caladas em teu peito, agarre-as e proteja-se delas,
Do que ficou alimenta-te, e o que de viagem for, por muito já foi seu.
Míl Souza
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