sábado, 10 de abril de 2010

Torneira Branco-Avenida

Míl Souza








...Vida:

Traço forte de tempo,

Lustra os pequenos olhos do menino que fita a garoa

Encanta-o com perfeita simetria entre água, vento e luz.

O cheiro de comer de terra molhada

Solidifica sua imaginação permitindo voar para si

Ao encontra-se, perde-se no horizonte que o prende.



Ele não quer ir longe, mesmo se for

Lembra-se que a noite não deu para sonhar...

Bom que o frio pôde esquentar seus pés.

Prendeu seu segundo travesseiro,

Não tinha forma de corpo quente,

Não se estendia a quem queria



Fazia-se eterno cada segundo.

As gotas rítmicas da torneira branca

Inspirou uma canção de balde, amor e melancolia.



Por varias vezes fechou as janelas

Não desejou luz do sol em seus olhos,

Ainda que não pudesse saber quem éreis você

Aquele grão agora é seu mundo.





Míl Souza

Um comentário:

  1. Tuas rimas festejaram essa avenida
    perfurmaram as retinas,
    clarearam aquele grão, aquele mundo
    só a torneira permaneceu ali, intacta.

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